segunda-feira, 23 de abril de 2012

Salve Jorge!





"Jorge da Capadócia"
Jorge Ben Jor

Jorge sentou praça
Na cavalaria
E eu estou feliz porque eu também
Sou da sua companhia
Eu estou vestida com as roupas
E as armas de Jorge
Para que meus inimigos tenham pés
E não me alcancem
Para que meus inimigos tenham mãos
E não me toquem
Para que meus inimigos tenham olhos
E não me vejam
E nem mesmo um pensamento
Eles possam ter para me fazerem mal
Porque eu estou vestida com as roupas

E as armas de Jorge
Salve Jorge
Salve Jorge
Salve Jorge
Armas de fogo
O meu corpo não alcançarão
Facas e espadas se quebrem
Sem o meu corpo tocar
Cordas e correntes arrebentem
Sem o meu corpo amarrar
Porque eu estou vestida com as roupas
E as armas de Jorge

sexta-feira, 6 de abril de 2012

Pessach

Queridos,
nesse ano de 2012, coincidentemente, damos início às comemorações da Páscoa e de Pessach no dia de hoje.
Que tal uma reflexão sobre essa data tão especial para a tradição judaico-cristã?



“The Story of  the Exodus III”, Marc Chagall (1966) 


Pessach - A Festa da Liberdade

A história de Pêssach se inicia nos dias do patriarca Avraham (Abraão). Quando D'us prometeu-lhe um herdeiro, também o informou da escravidão que seus descendentes sofreriam.

Yossef e Yaacov


O primeiro dos descendentes de Avraham a chegar ao Egito foi seu bisneto Yossef (José), cuja miraculosa ascensão de escravo à quase realeza é uma das mais inspiradoras narrativas da Torá. Na dramática história de Yossef e seus irmãos, podemos ver claramente a mão condutora da Divina Providência que levou Yaacov (Jacó) ao Egito.

A chegada de Yaacov e sua família ao Egito foi uma marcha triunfal. Assim foi também a partida, 210 anos depois, de seus filhos, os filhos de Israel, do Egito. Esta era a diferença: a pequena família de setenta pessoas havia se tornado uma nação grandiosa e unificada de três milhões de almas.

Início da escravidão
Yossef e seus irmãos faleceram, e os filhos de Israel se multiplicaram na terra do Egito. Logo após o faraó também morreu, e um novo rei ascendeu ao trono. Ele não nutria simpatia alguma pelos judeus, e preferiu esquecer tudo o que Yossef havia feito pelo Egito. Decidiu escravizar o povo e a oprimi-lo antes que se tornasse muito poderoso.


O faraó lançou uma política que limitava a liberdade pessoal dos hebreus, impondo pesados impostos sobre eles, e recrutando os homens para trabalhos forçados, sob a supervisão de severos capatazes. Um dos atos mais atrozes foi a tortura das crianças judias.




O faraó mandava embuti-las vivas entre as paredes das construções e tomava banho com seu sangue. Porém, quanto mais os Egípcios os oprimiam, quanto mais duras as restrições impostas sobre eles, mais os filhos de Israel cresciam e se multiplicavam.


Finalmente, quando o faraó percebeu que apenas escravizar os hebreus de nada adiantaria, decretou que todos os seus meninos recém-nascidos fossem jogados no rio Nilo. Desta maneira, ele esperava acabar com o aumento da população judaica, e ao mesmo tempo, eliminar um perigo que, de acordo com as previsões dos astrólogos, ameaçava sua própria vida.




Os filhos de Israel não podiam mais suportar o terrível sofrimento e a perseguição nas mãos de seus cruéis opressores. Suas preces penetraram os céus. D'us lembrou-Se de Seu acordo com Avraham, Yitschac e Yaacov, e decidiu libertar seus descendentes do cativeiro.

Moshê
Moshê (Moisés) tinha a idade de oitenta anos, e seu irmão Aharon oitenta e três, quando foram pela primeira vez ao palácio do faraó para levar a seguinte mensagem:  "Assim disse o Senhor D'us de Israel: 'Deixe Meu povo ir, que eles Me oferecerão uma festa no deserto.'"


O faraó recusou desdenhosamente, dizendo que nunca tinha ouvido falar do D'us dos Israelitas. Foi preciso que D'us lançasse sobre o Egito dez pragas, até que o faraó concordasse em libertar Seu povo.




As Dez Pragas

  • A água virou Sangue.
  • Invasão de Sapos. 
  • Infestação por Piolhos.  
  • Ataque de Feras. 
  • Morte dos animais domésticos.  
  • Chagas.  
  • Chuva de granizo
  • Enxame de Gafanhotos
  • Escuridão
  • Morte dos primogênitos

 No primeiro dia do mês de Nissan, duas semanas antes do Êxodo do Egito, D'us disse a Moshê e Aharon: "Este mês será para vocês o começo dos meses; será o primeiro mês do ano para vocês.... vocês deverão comer pão ázimo, e jogar fora todo fermento de suas casas. E seus filhos dirão a vocês: O que isto significa? Vocês dirão: É o sacrifício de Pêssach a D'us, que passou sobre as casas dos filhos de Israel no Egito quando Ele golpeou os egípcios e poupou nossas moradas."

Veio a meia-noite de quatorze para quinze de Nissan e D'us golpeou todos os primogênitos na terra do Egito, do primeiro filho do faraó ao do prisioneiro nas masmorras; e todos os primogênitos dos animais, como Moshê havia avisado. Houve um lamento pungente e ensurdecedor, pois em cada casa um ente amado caíra golpeado de morte.



Então o faraó procurou Moshê e Aharon naquela mesma noite, e lhes disse: "Levantem-se, saiam de perto de meu povo, vocês e os filhos de Israel; vão, sirvam ao Senhor como desejam; tomem seus rebanhos, como disseram, e vão, e me abençoem também." Finalmente o orgulho do Faraó fora quebrado.

Liberdade
Dessa maneira os filhos de Israel foram libertados do jugo de seus opressores no dia 15 de Nissan, no ano 2448 após a criação do mundo. Havia 600.000 homens acima de 20 anos de idade que, com suas mulheres, crianças e rebanhos, cruzaram a fronteira do Egito para serem uma nação livre. Muitos egípcios e outros não-judeus juntaram-se aos triunfantes filhos de Israel, esperando partilhar de seu glorioso futuro. Os filhos de Israel não deixaram o Egito de mãos vazias. Além de seus próprios bens, os aterrorizados egípcios haviam entregado a eles seus valores em prata e ouro, num esforço de apressar sua partida. Dessa maneira D'us cumpriu em cada detalhe Sua promessa a Avraham de que seus descendentes deixariam o exílio com grandes riquezas em recompensa aos 210 anos de trabalhos forçados.

Liderando o povo judeu na sua jornada durante o dia havia uma coluna de nuvem, e à noite, uma coluna de fogo iluminando o caminho. Estes mensageiros Divinos não apenas guiavam os filhos de Israel, como também preparavam o caminho à sua frente, tornando-o fácil e seguro.

Mar Vermelho
Em três dias, o faraó recebeu notícias do progresso dos filhos de Israel. Agora arrependia-se por ter permitido que se fossem. Mobilizou seu exército e liderou pessoalmente a cavalaria e os carros de guerra em perseguição a seus antigos escravos. Alcançou-os perto das margens do mar Vermelho.


Então D'us falou a Moshê: "Levante seu cajado, estenda a mão sobre o mar, e o divida; e os filhos de Israel caminharão sobre o fundo do mar como em terra seca." Moshê fez como D'us lhe ordenara. Levantou o bastão, estendendo a mão sobre o mar; levantou-se um forte vento leste que soprou por toda a noite.




Com aquela tempestade, as águas do Mar Vermelho se dividiram, formando doze passagens, uma para cada tribo, juntando-se em paredes de água de cada lado, deixando doze trilhas secas no meio. Os israelitas marcharam ao longo destes caminhos secos que se estendiam de uma praia à outra.


Os egípcios continuaram sua perseguição pela mesma trilha. Porém as rodas de suas carruagens ficaram bloqueadas no fundo do mar. Moshê estendeu o cajado e as águas retomaram seu curso normal, fechando-se sobre os carros, cavalos e guerreiros, sobre todo o exército do faraó.

Dessa maneira D'us salvou os filhos de Israel dos egípcios naquele dia. Israel testemunhou Seus grandes poderes; os hebreus reconheceram D'us e acreditaram n'Ele e no seu servo Moshê. Então Moshê e toda a congregação cantou a Canção de Louvor a D'us pelo seu resgate maravilhoso.




Shavuot

A história de Pêssach culmina em Shavuot, (festa da Outorga da Torá no Monte Sinai), quando torna-se a história do nascimento de um "reino de sacerdotes e nação sagrada": O povo judeu.

Fonte: www.pessach2012.org


P. S.: Confiram as reproduções da série de litografias "The Story of the Exodus" (1966), de Marc Chagall. São fantásticas! 


Então, o que me dizem?



segunda-feira, 2 de abril de 2012

Cursos de Árabe e Hebraico na FCRB


"A Fundação Casa de Rui Barbosa (FCRB) promove, a partir de 4 de abril, os cursos de árabe e de hebraico. A iniciativa, do Núcleo de Estudos em Oriente Médio da FCRB, tem como objetivo promover a alfabetização nos idiomas como instrumental em pesquisa.

As aulas serão às quartas-feiras, na sala de cursos da Fundação, nos seguintes horários:

- 18h às 19h30 – Hebraico, ministrado pela professora Sônia Levinbuk – nível iniciante;

- 19h30 às 21h – Árabe, ministrado pelo professor Nimatullah Antoine Hanna – nível iniciante. 

A duração é de três meses e a mensalidade é de 80,00 por idioma.

Inscrições a partir de 26 de março, no Centro de Pesquisa da FCRB, com Deise (Rua São Clemente, 134 – Botafogo – RJ. Tel: 21 3289-8641).

fonte: Fundação Casa de Rui Barbosa