sexta-feira, 23 de abril de 2010

Campanha da ABI

Vírgula pode ser uma pausa... ou não.
Não, espere.
Não espere.
Ela pode sumir com seu dinheiro.
23,4.
2,34.
Pode criar heróis.
Isso só, ele resolve.
Isso só ele resolve.
Ela pode ser a solução.
Vamos perder, nada foi resolvido.
Vamos perder nada, foi resolvido.
A vírgula muda uma opinião.
Não queremos saber.
Não, queremos saber.
A vírgula pode condenar ou salvar.
Não tenha clemência!
Não, tenha clemência!
Uma vírgula muda tudo.
ABI: 100 anos lutando para que ninguém mude uma vírgula da sua informação.
Então, o que me dizem?

terça-feira, 13 de abril de 2010

Para ler e refletir

"Os filhos do lixo"


Há quem diga que dou esperança; há quem proteste que sou pessimista. Eu digo que os maiores otimistas são aqueles que , apesar do que vivem e observam, continuam apostando na vida, trabalhando, cultivando afetos e tendo projetos. Às vezes, porém, escrevo com dor. Como hoje.
Acabo de assistir a uma reportagem sobre crianças no Brasil que vivem do lixo. Digamos que são o lixo deste país, e nós permitimos ou criamos isso. Eu mesma já vi com estes olhos gente morando junto de lixões, e crianças disputando com urubus pedaços de comida estragada para matar a fome.
A reportagem era uma história de terror – mas verdadeira, nossa, deste país. Uma jovem de menos de 20 anos trazia numa carretinha feita de madeiras velhas seus três filhos, de 4, 2 e 1 ano. Chegavam ao lixão, e a maiorzinha, já treinada, saía a catar coisas úteis, sobretudo comida. Logo estavam os três comendo, e a mãe, indignada, explicou com simplicidade: “A gente tem de sobreviver, né?”.
O relato dessa quase adolescente e o de outras eram parecidos: todas com filhos pequenos, duas novamente grávidas e, como diziam, vivendo a sua sina – como sua mãe, e sua avó, antes delas. Uma chorou dizendo que tinha estudado até a oitava série, mas então precisou ajudar em casa e foi catar lixo, como as outras mulheres da família. “Minha sina”, repetiu, e olhou a filha que amamentava. “E essa aí?”, perguntou a jornalista. “Essa aí, bom, depende, tomara que não, mas Deus é quem sabe. Se Ele quiser...”
Os diálogos foram mais ou menos assim; repito de memória, não gravei. Mas gravei a tristeza, a resignação, a imagem das crianças minúsculas e seminuas, contentes comendo lixo. Sentadas sobre o lixo. Uma cuidando do irmãozinho menor, que escalava a montanha de lixo. Criadas, como suas mães, acreditando que Deus queria isso.
Não sei como é possível alguém dizer que este país vai bem enquanto esses fatos, e outros semelhantes, acontecem. Pois, sendo na nossa pátria, não importa em que recanto for, tudo nos diz respeito, como nos dizem respeito a malandragem e a roubalheira, a mentira e a impunidade e o falso ufanismo. Ouvimos a toda hora que nunca o PIS esteve tão bem. Até que em algumas coisas, talvez em muitas, melhoramos. Temos vacinas. Existem hospitais e ensino públicos – ainda que atrasados e ruins. Temos alguns benefícios, como aposentadoria – embora miserável –, e estabilidade econômica aparente. Andamos um pouco mais bem equipados do que cem anos atrás.
Mas quem somos, afinal? Que país somos, que gente nos tornamos, se vemos tudo isso e continuamos comendo, bebendo, trabalhando e estudando como se nem fosse conosco? Deve ser o nosso jeito de sobreviver – não comendo lixo concreto, mas engolindo esse lixo moral e fingindo que está tudo bem. Pois, se nos convencermos de que tudo isso acontece no nosso meio, no nosso país, talvez na nossa cidade, e nos sentirmos parte disso, responsáveis por isso, o que se poderia fazer?
Pelo menos reclamar. Achar que nem tudo está maravilhoso. Procurar eleger pessoas de bem, interessadas, que cuidassem dos lixões, dos pobrezinhos, da saúde pública, dos leitos que faltam aos milhares, dos colégios desprovidos, de tudo isso que cansativa mas incansavelmente tantos de nós têm dito e escrito. Que pelo menos a gente saiba e, em vez de disfarçar, espalhe. Não para criar hostilidade e desordem, mas para mudar um pouquinho essa mentalidade. Nunca mais crianças brasileiras sendo filhas do lixo, nem mães dizendo que aquela é sua sina, porque Deus quer assim.
Deus não quer assim. Os deuses não inventaram a indiferença, a crueldade, o mal causado pelo homem. Nem mandaram desviar o olhar para não ver o menino metendo avidamente na boca restos de um bolo mofado, talvez sua única refeição do dia. E, naquele instante, a câmera captou sua irmãzinha num grande sorriso inocente atrás de um par de óculos cor-de-rosa que acabara de encontrar: e assim se iluminou por um breve instante aquela imensa, trágica realidade.

Lya Luft é escritora.

Fonte: Revista Veja, edição 2160, ano 43, número 15, de 11 de abril de 2010.

segunda-feira, 12 de abril de 2010

A estética romântica (revisão)


“É curioso verificar até que ponto, antes de meados do século XVIII, era raro os artistas se desviarem dos estreitos limites da ilustração, pintarem uma cena de romance ou um episódio da história medieval ou de seu próprio tempo. Tudo isso mudou muito rapidamente durante o evoluir da Revolução Francesa. De repente, os artistas sentiram-se livres para escolher qualquer coisa como tema, desde uma cena de Shakespeare a um acontecimento do dia, o que quer que, de fato, apelasse para a imaginação e despertasse interesse.” (Gombrich, E. H., em A História da arte, p. 481, grifos meus)
Marat assassinado (1793), Jean-Louis David.
“[Os contemporâneos da Revolução] achavam estar vivendo tempos heróicos, e consideravam os acontecimentos de seus próprios dias tão dignos da atenção do pintor quanto os episódios da história grega e romana” (Gombrich, op.cit., p. 485)
Arte voltada para a nobreza (modelos clássicos) – temas fixos, repetição de modelos, imitacio
X
Arte voltada para a burguesia (estética romântica) – revolução artística: novas referências para a arte (liberdade formal e temática)
Projeto literário do Romantismo:
• Valorização do indivíduo (e toda a sua complexidade emocional);
• Exaltação do amor à pátria e dos símbolos nacionais;
• Divulgação dos valores burgueses: trabalho, sacrifício e esforço.
“Em lugar da origem nobre que assegura o direito à distinção e ao reconhecimento social, os textos literários traçarão o perfil de heróis que precisam agir, sofrer, superar obstáculos de toda a natureza para se qualificarem como exemplares. Na sociedade capitalista que remunera o trabalho, sacrifício e esforço passam a valer mais que a nobreza que se recebe de herança.” (ABAURRE, M. L., Literatura Brasileira, p. 218)
Carcterísticas da estética romântica:
  • Liberdade é a palavra-chave.
  • Substituição de moldes clássicos pela liberdade criadora do sujeito.
  • Negação do convencional e da imitação.
  • O artista romântico não imita: ele cria; quer ser original.
  • Obra de Arte = alma do artista.
  • O gênio do artista: amor, paixão, emoção, intuição (criação de uma nova sensibilidade).
  • Interpretar a realidade a partir da emoção: sentimentalismo.
  • Temas Nacionais: construção do Estado (heróis e valores da nação)
  • Culto da Noite (forças inconscientes, sonho, imaginação, sobrenatural).
Então, o que me dizem?

Fotos do "Karaosesc"

Olá queridos,
nem preciso dizer que me diverti muito no plantão de ontem, né?
Agradeço a todos pela participação e animação!
A seguir coloco algumas fotos do nosso "Karaosesc", rs.
Beijos e até a próxima,
Luciana
Início do "Karaosesc", que contou com...

grandes performances...

com uma equipe de jurados atenta aos mínimos detalhes...
com a participação de assistentes de produção/cantoras fantásticas e
com muita animação!
Amo muito tudo isso! Eu, entre Joana e Gabi.
Presenças ilustres: João e Willian apareceram desta vez!
O show de Bruna e Matheus!
Por fim, a equipe técnica com duas das três grandes vencedoras da tarde (faltou uma!)
Então, o que me dizem?