terça-feira, 18 de novembro de 2008

Beto Rockfeller, um divisor de águas

Luís Gustavo e elenco da novela
O ator Luís Gustavo (Beto Rockfeller)
Antes e depois de Beto


Alline Dauroiz - O Estado de S.Paulo

Há 40 anos, estreava na TV Tupi a primeira novela a apostar no anti-herói, divisor de águas do gênero
Houve um tempo em que novela no Brasil era sinônimo de dramalhão, interpretações carregadas e histórias do tempo do Império, importadas da Argentina, Cuba e México. Mas, há exatos 40 anos, a era dos barões e condessas foi sacudida por um bicão muito do simpático, que encheu o horário nobre de malandragem. Nascia Beto Rockfeller, novela contemporânea estrelada por Luis Gustavo na TV Tupi, que criou o primeiro anti-herói da TV brasileira e aproximou o público dos personagens, sempre muito possíveis.
"O sistema telenovela já estava começando a se necrosar. E é obrigação do artista enviar um ruído", teoriza Lima Duarte, ator convidado por Cassiano Gabus Mendes, diretor artístico da emissora, para dirigir a novidade.
Nada foi de caso pensado. O personagem que morava na Rua Teodoro Sampaio, trabalhava em loja de sapatos e, cheio de trambiques, sonhava em pertencer ao rico mundo da Rua Augusta surgiu na boate paulistana Dobrão, que pertencia a Gabus Mendes.
Uma menina da alta sociedade comemorava lá seu aniversário, quando, de repente, entra um "camarada" com roupa descolada, pega flores do balcão, dá para a aniversariante - que era lindíssima -, tira-a para dançar e, no final, acaba levando a moça embora. "Perguntei para um amigo quem era o cara. Acredita que ninguém conhecia? Falei para o Cassiano: Era um bicão!? e ele: “Bicão não, ele é um puta personagem", conta Luis Gustavo.
Pronto. Estava criado o tipo que seguraria uma novela por 13 meses, folhetim tão longo que autor, diretor e até o próprio Luis Gustavo não agüentaram levar até o final - Lima Duarte foi substituído por Walter Avancini, e Luis Gustavo saiu e só voltou para os últimos capítulos.
Com a idéia do personagem na cabeça, Gabus Mendes foi atrás do autor. Bráulio Pedroso, ex-editor do caderno de literatura do Estadão, estava na pior: havia sofrido um acidente, estava sem dinheiro e morando na garagem de Ruth Escobar. Logo aceitou o desafio.
Forma e conteúdo
Além de linguagem coloquial e interpretação despojada, Beto Rockfeller foi uma escola para o improviso. Incentivados pela direção de Lima, Luis Gustavo e Plínio Marcos (o Vitório, melhor amigo de Beto), criavam gírias e inventavam diálogos inteiros na hora de gravar.
"O Plínio tinha todo um jeitão para dar veracidade. Ele pegava o texto não decorado e dizia: Porra Beto (com sotaque italiano)?. E o Lima: Não pode falar porra!?. E ele: Sou mecânico e tu não quer que eu fale porra, porra!?. E acabou indo o "porra" pro ar (risos)", conta Bete Mendes, que virou musa da juventude com sua Renata, a última namoradinha de Beto.
Houve inovação também na forma de gravar, com externas. "Fizemos 80% das cenas em locais verdadeiros de São Paulo. Antes, tudo era gravado em estúdio", diz Luis Gustavo.
Em plena ditadura militar, a atriz Ana Rosa, que vivia Cida, a namorada pobre de Beto, participou de outro momento ousado na trama. "Nós nos beijamos, a câmera desceu para nossos pés e meu vestido caiu no chão, insinuando que íamos transar. A censura quase impediu de ir ao ar."
Quem assistiu também não esquece das músicas, pops para a época em que apenas as clássicas sinfonias ganhavam as trilhas das tramas. Em 40 anos, muitos tentaram imitar as inovações testadas na novela. Mas a fôrma daquele Beto Rockfeller parece ter se perdido no tempo.

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Turma Especial, Boa Sorte!

Eta! Que turma de bagunceiros, rs.

Frederico, Leonardo, Eu, Eduardo e Pedro.
Meninos, o curso foi ótimo e adorei ser professora de vocês!
Já deixaram saudades, viu?
Desejo boa sorte para todos!
Beijos,
Luciana
P. S.: Arthur, Davi e Diego estão faltando na fotinha.

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Vestibular UFRJ

Critérios de correção, pontuação, estrutura das provas: Luiz Otávio Langlois, coordenador de vestibular da UFRJ, tira aqui muitas das possíveis dúvidas sobre a prova, que acontece em novembro. Ele abre a série de entrevistas que a Megazine publicará com os responsáveis pelos principais vestibulares do Estado do Rio nos próximos meses, a partir de perguntas enviadas por leitores ao site do GLOBO.
Quais são os critérios para a correção da prova? (Maria Eduarda Gandão)
LUIZ OTÁVIO LANGLOIS:A banca do vestibular e os professores responsáveis pela correção discutem todas as possibilidades de resposta para estabelecer a pontuação intermediária de cada questão, o que é feito para todas as provas.
Qual o critério de correção da redação? (Regina Fagundes)
LANGLOIS: Existe uma grade de correção com pontuação muito objetiva, na qual são valorizados os aspectos importantes numa redação: coerência, coesão do texto, uso da norma culta da língua e -- o mais importante - o tema. A fuga do assunto rende ao candidato nota zero.
O que se pode esperar da prova de língua portuguesa e literatura deste ano? (Eduardo Valladares)
LANGLOIS: A estrutura da prova é elaborada a partir de um tema, presente em toda a avaliação. A redação também segue o mesmo assunto. No exame de português, especificamente, procuramos valorizar mais as questões de interpretação do que as gramaticais.
Como será a prova de filosofia? (Diego dos Santos)
LANGLOIS:Terá o mesmo modelo do ano passado.
Tem problema deixar a prova a lápis? (Larissa dos Santos)
LANGLOIS:Não é um problema, mas a recomendação é: resolva a caneta, escreva com clareza e não rasure. Um dos problemas de deixar as respostas a lápis é que a cópia da prova não fica nítida, o que pode prejudicar o processo de revisão.
Como saber quanto vale cada questão? (Carolline Carvalho)
LANGLOIS:As provas têm a pontuação equilibrada. Todas terão um conjunto de questões mais difíceis, um de nível médio e um mais simples. Todas são igualmente valorizadas. Uma prova não-específica, por exemplo, tem cinco perguntas, e cada uma vale dois pontos. O mesmo acontece no exame específico, com dez questões, e cada uma vale um ponto.
O candidato que zerar uma prova não-específica é eliminado? (Rodrigo Nocchi)
LANGLOIS:O vestibulando só será eliminado se errar as 20 questões das provas não-específicas ou se zerar alguma prova específica, português ou redação.
Como é feita a classificação para a primeira, a segunda e a terceira escolha do curso indicado? (Marcos Vidal)
LANGLOIS:O primeiro critério é a opção do candidato e o segundo é a nota final. O vestibulando que escolher farmácia como primeira opção de curso, por exemplo, será classificado pela nota final. Sobrando vagas, serão classificados os que optaram pela graduação como segunda preferência.
Vocês vão divulgar a relação candidato/vaga de cada curso de engenharia? (Larissa Candida dos Santos)
LANGLOIS:Ainda não temos data, mas é provável que isso seja divulgado esta semana.
O senhor concorda que a inclusão de física médica prejudicou os vestibulandos de Física (bacharelado)? A relação candidato/vaga quase triplicou. (Maria Regina Vital)
LANGLOIS:Isso é uma decisão essencialmente do Instituto de Física, que acha essa a melhor maneira de selecionar seus alunos. Eu tenho sérias dúvidas se é melhor ou pior.
Os itálicos são meus.
Boa sorte Pessoal!!!
Beijos

Beautiful Day