quinta-feira, 13 de novembro de 2014

Aumentando o repertório - Redação ENEM 2015

Queridos,

a redação do ENEM desse ano tratou do tema publicidade infantil. Para quem quiser aumentar o repertório sobre o assunto, vale a pena conferir o documentário "Criança, a alma do negócio"(2008), dirigido por  Estela Renner

sexta-feira, 3 de outubro de 2014

Visita à Biblioteca Parque da Central

Queridos,

na última terça-feira, 30 de setembro, alunos e professores que participam do Projeto de Leitura "O apartamento de baixo", da escritora Bárbara Caldas realizaram uma visita guiada à Biblioteca Parque da Central.

Patrocinado pela empresa Marcopolo, o projeto de incentivo à leitura tem sido uma experiência bastante enriquecedora para todos os alunos e professores envolvidos. Para quem não conhece, basta visitar o site da escritora Bárbara Caldas e conferir!

Agora, alguns registros dessa visita sensacional!































Então, o que me dizem?

terça-feira, 23 de setembro de 2014

Contextualizando o século XVIII

Queridos,

conforme prometi em aula, coloco duas indicações de filmes para o final de semana.

São dois filmes biográficos excelentes: um sobre Mozart, outro sobre Maria Antonieta. Além de contarem a vida desses importantes personagens, eles vão ajudá-los a contextualizar o século XVIII.


Dirigido por Sofia Coppola, "Maria Antonieta" (2006) conta a história da Arquiduquesa Maria Antônia da Áustria, enviada, aos 14 anos, à corte de Versalhes para se casar com o Delfim de França, Luis Augusto, de 16 anos. O filme oferece um espetacular panorama da vida na corte francesa do século XVIII e seu trágico fim com o advento da Revolução.



"Maria Antonieta", de Sofia Coppola (2006)


O filme "Amadeus", do diretor Milos Formam (1984), retrata a vida e a genialidade do compositor Wolfgang Amadeus Mozart (1756-1791). Além de ser um excelente retrato da Áustria do século XVIII, o filme apresenta algumas de suas mais importantes obras. 

"Amadeus", de Milos Formam (1984)
Boa diversão!

segunda-feira, 22 de setembro de 2014

Volta

Queridos,

o primeiro semestre deste ano foi bem difícil para mim: duas grandes perdas familiares em um curtíssimo espaço de tempo, enfim, uma situação que deixa qualquer um desfocado, um pouco perdido...

Nessas horas, precisamos parar, respirar, acalmar e depois de um tempo, como mágica, a vida volta a entrar nos trilhos, começamos a retomar nossas rotinas e as coisas vão se ajeitando.

Este post é para dizer que estou voltando, ok?

Em breve teremos novidades!

Beijos,

Luciana


sexta-feira, 30 de maio de 2014

Sarau Literário CECO 2014

Queridos,

fiquei muito orgulhosa de nossa participação no Sarau Literário do CECO com a exposição/performance "Jorge de Lima: o grande místico"!






A dramatização do poema "O grande circo místico" ficou maravilhosa, o cenário estava deslumbrante,  todos muito empenhados em suas tarefas, enfim, vocês fizeram um trabalho super organizado e belíssimo!


Turma 1005 e eu


Parabéns, Turma 1005!!!



quarta-feira, 23 de abril de 2014

quarta-feira, 26 de março de 2014

As cantigas trovadorescas

Pessoal,

aqui vocês encontrarão alguns trechos do livro de Maria Luiza Abaurre associados às letras de algumas cantigas em galego-português representativas do Trovadorismo.  

Vale a pena conferir os links de cada cantiga: além de um vídeo repleto de imagens bacanas, vocês poderão escutá-las! Aproveitem!!!

Que tal relembrarmos como são divididas as cantigas líricas? São divididas em:

1. Cantigas de amor

"Exprimem uma paixão infeliz, o amor não correspondido que um trovador dedica a sua senhora. A estrutura da cantiga de amor apresenta alguns elementos característicos. O eu lírico é sempre masculino e representa um trovador que dirige os elogios a uma dama. O trovador, que sofre com frequência, se autodenomina coitado, cativo, aflito, enlouquecido, sofredor. A dama é identificada por termos que destacam suas qualidades físicas (fremosa, delgada, de bem parecer), morais (bondade, lealdade, comprida de bem), sociais (bom ser, falar mui ben). Ao comparar sua dama às outras da mesma corte, o eu lírico a apresenta como superior. As comparações também são utilizadas para acentuar as características do trovador: sua dor é a maior do que a de todos os outros e seus talentos superam os de seus rivais. 

As cantigas de amor trazem poucas referências ao cenário, mas, quando elas ocorrem, costumam falar do ambiente da corte ou de uma natureza idealizada. Outra característica de sua estrutura é a presença de um número reduzido de personagens, além do trovador e da sua senhora: geralmente são feitas referências a algum rival ou a Deus." (Fonte: ABAURRE, Maria Luiza e PONTARA, Marcela. Literatura Brasileira.Tempos, Leitores e Leituras. Ensino Médio. São Paulo: Editora Moderna, 2005, p. 90-1)

Observe algumas dessas características na cantiga de Dom Dinis:

Os diré, con tristeza, lo que nunca pensé

que os diría, señora,

porque veo que por vos muero,

porque sabéis que nunca os hablé

de cómo me mataba vuestro amor:

porque sabéis bien que de otra señora
yo no sentía ni siento temor.



Todo esto me hizo sentir

el temor que de vos tengo,

y desde ahí por vos dar a entender

que por otra moriría, de ella tengo,

sabéis bien, algo de temor;

y desde hoy, hermosa señora mía,

si me matáis, bien me lo habré buscado.



Y creed que tendré gusto

de que me matéis, pues yo sé con certeza

que en el poco tiempo que he de vivir,

ningún placer obtendré;
y porque estoy seguro de esto,

si me quisierais dar muerte, señora,

por gran misericordia os lo tendré.




2. Cantigas de amigo

"De modo geral, as cantigas de amigo falam de uma relação amorosa concreta que acontece entre pessoas simples, que vivem no campo. O tema central dessas cantigas é a saudade. As personagens, o ambiente e a linguagem presentes nas cantigas líricas fazem com que elas representem diferentes universos da sociedade medieval.

Se, nas cantigas de amor, todas as referências dizem respeito aos membros da corte, à vida nos palácios, às damas sofisticadas e ricas, nas cantigas de amigo, elas dizem respeito aos sentimentos e à vida campesina, às moças simples que vivem nas aldeias e nos campos.

O eu lírico das cantigas de amigo é sempre feminino e representa a voz de uma mulher (amiga) que manifesta a saudade pela ausência do amigo (namorado ou amante). Como o trovador que compõe essas cantigas é um homem, a adoção de um eu lírico feminino acaba por apresentar, para os membros da corte, aquilo que os compositores consideravam a visão feminina da saudade e do amor.

O cenário é sempre caracterizado em um ambiente campesino. Várias personagens participam do 'universo amoroso' criado na cantiga de amigo, além da donzela e de seu amante: mãe, amigas, damas de companhia. Essas personagens são testemunhas do amor que a amiga dedica ao seu namorado.

Alguns termos são utilizados para caracterizar a mulher que fala nessas cantigas. Ela se identifica como louçã (clara, branca), velida (bonita), fremosa, delgada, de bem parecer. O tom das cantigas de amigo é mais positivo e otimista que o das cantigas de amor, porque, embora falem da saudade, tratam de um amor que é real e que ocorre entre pessoas de condição social semelhante. Por esse motivo, a amiga se define frequentemente como alegre (leda)." (ABAURRE, op. cit. p. 92)


Bailemos ya nosotras tres, ay amigas,

bajo estos avellanos floridos.

Y quien fuera garrida como nosotras somos garridas,

Si sabe amar,

bajo estos avellanos floridos

vendrá a bailar.



Bailemos ya nosotras tres juntas, ay hermanas,

bajo estas ramas avellanos

Y quien fuera galana como nosotras somos galanas,

si sabe amar,
bajo estas ramas de estos avellanos

vendrá a bailar.



Por Dios, amigas, mentiras no decimos

bajo estas ramas floridas bailamos,

y quien buen humor tenga como nosotras tenemos,

si sabe amar,

bajo estas ramas,
donde nosotras bailamos,

vendrá a bailar.


Cantigas líricas


"Já as cantigas de caráter satírico apresentavam críticas ao comportamento social de seus pares, difamavam alguns nobres ou denunciavam as damas que deixavam de cumprir seu papel no jogo do amor cortês. Elas podem ser de escárnio ou de maldizer.

1. Cantigas de escárnio

Nas cantigas de escárnio, o trovador critica alguém por meio de palavras de duplo sentido, para que não sejam facilmente compreendidas. O efeito satírico que caracteriza essas cantigas é obtido por meio de ironias, trocadilhos e jogos semânticos. De modo geral, ridicularizam o comportamento de nobres ou denunciam as mulheres que não seguem o código de amor cortês.


El que de la guerra se llevó caballeros

y se fue a su tierra a guardar los dineros,

no viene al mayo.

El que de la guerra se fue con maldad

y se fue a su tierra a comprar fincas...



El que de la guerra se fue con hostilidad,

pero no vino cuando debía hacerlo por pleitesía...

El que de la guerra se fue espantado

y se fue a su tierra a ponerse el manton...



El que de la guerra se fue 

con gran miedo a su tierra, sembrando vallas...

El que por la guerra fue muy criticado, 

aunque hizo pintar un escudo en Burgos...



El que traía el paño de lino, 

pero no vino para San Martín...

El que traía el pendón enarbolado

y no ha heredado el humor de su padre...



El que traía pendón sin tener ni ocho caballeros

y a su gente no le daba pan cocido...

El que sin tener ni siete caballeros traía pendón

y cinta ancha y gran escudo...



El que traía pendón pero no tienda, 

por lo que ahora sé de su hazienda...

El que traía pendón de seda gruesa,

aunque no vino en el mes de marzo...



El que se ausentó de la cita del día de San Martín

y se fue a su tierra a beber los vinos...

El que huyó de la frontera con miedo,

aunque traía pendón pero no caldera...



El que robó a los moros malditos

y se fue a su tierra a robar cabritos,

no viene al mayo.



2. Cantigas de maldizer

Nas cantigas de maldizer, o trovador faz suas críticas de modo direto, explícito, identificando a pessoa satirizada. Essas cantigas costumam apresentar linguagem ofensiva e de baixo calão. Muitas vezes, tratam das indiscrições amorosas de nobres e membros do clero." (ABAURRE, op. cit. p. 94)



Cantigas satíricas



Trovadorismo

Maria Luiza M. Abaurre


 O poder da Igreja


Ao longo da Idade Média a Igreja Católica cresceu, acumulou vastas extensões de terra, enriqueceu e concentrou um grande poder. 

O clero estimulava as pessoas a buscar redenção na total submissão à Igreja, que representava no mundo, a vontade de Deus. Essa postura servil perante Deus e a Igreja é denominada teocêntrica (Deus, perfeito e superior, no centro de todas as coisas).

Uma importante manifestação de poder da Igreja medieval era seu controle quase absoluto da produção cultural. Nessa época apenas 2% da  população europeia era alfabetizada. A escrita e a leitura estavam praticamente restritas aos mosteiros.

Os religiosos reproduziam ou traduziam textos sagrados do cristianismo e obras de grandes filósofos da Antiguidade, desde que não representassem uma ameaça ao poder da Igreja.

Como a circulação de textos dependia da reprodução manuscrita, quase feita sob encomenda, a divulgação da cultura tornava-se ainda mais difícil, porque o número de cópias em circulação era bem pequeno.

O uso do latim como língua  literária também contribuía para dificultar o acesso aos textos. Poemas e canções eram compostos em latim por monges eruditos que vagavam de feudo em feudo e, desse modo, divulgavam suas composições que, na maior parte, abordavam temas religiosos. 

A sociedade medieval

A sociedade se organizava em torno de grandes proprietários de terra, conhecidos como senhores feudais. Cada senhor feudal tinha uma pequena corte, formada por nobres empobrecidos, cavaleiros, camponeses livres e servos.  Tais indivíduos estavam unidos ao senhor feudal por uma relação de dependência pessoal: a vassalagem.

Os moradores do feudo juravam defender as terras do seu senhor e, como seus vassalos, recebiam o direito de viver na propriedade, cultivar parte das terras, além de receberem proteção.
A posição de destaque nessas cortes era ocupada pelos cavaleiros que, em tempos de ataques e invasões bárbaras, formavam o exército do senhor feudal.
As relações entre nobres, cavaleiros e senhores feudais eram regidas por um código de cavalaria baseado na lealdade, na honra, na bravura e na cortesia.

Trovadorismo: poesia e cortesia

Sem o perigo de novas invasões, a Europa passou por um período de progresso econômico e intercâmbio cultural. Os cavaleiros viam-se de uma hora para outra sem função social. Era preciso criar para eles um novo papel. A solução veio com a idealização de um código de comportamento que ficou conhecido como amor cortês.

Esse código transferia a relação de vassalagem entre cavaleiros e senhores feudais para o louvor às damas da sociedade.

Os praticantes do amor cortês teriam a chance de demonstrar, diante da corte, que o valor pessoal  não se fundamentava apenas no sangue e nas proezas militares, mas podia ser identificado como comportamento social: a cortesia.

Assim, nas cortes dos senhores feudais, centros de atividade artística da Europa medieval, se exibiam os jograis: recitadores, cantores, músicos  ambulantes que eram contratados pelo senhor para divertir a corte. As cantigas apresentadas pelos jograis, eram compostas por nobres que se denominavam trovadores, porque praticavam a arte de trovar.

Enquanto nos mosteiros circulavam os textos escritos em latim, nos castelos e nas cortes circulava a literatura oral, produzida em língua local, voltada para o deleite dos homens e das mulheres da nobreza e para legitimar o novo papel  social assumindo pelos cavaleiros. As regras de conduta social expressas no código de cavalaria passaram a definir o fazer literário medieval. 

Projeto literário do Trovadorismo

• Literatura oral para entreter os homens e as mulheres da nobreza.

• Redefinição do papel dos cavaleiros nas cortes.

• Criação de estruturas literárias equivalentes às da relação de vassalagem.

• Sociedade: subserviência total a Deus (teocentrismo) e obediência ao senhor feudal, representadas literariamente pela submissão do trovador à dama (poesia – cantigas).


As regras de conduta amorosa


Como testemunhas do comportamento do trovador e da dama a quem ele dirigia seus galanteios, os membros da corte julgavam o comportamento social de ambos. Era função da dama reconhecer e recompensar o trovador que cumprisse todas as regras do amor cortês. Se não fizesse isso, o trovador tinha o direito de denunciá-la publicamente por meio de cantigas satíricas.

Segundo o código de amor cortês, um trovador deveria expressar seus elogios e súplicas a uma mulher da nobreza, casada, que tivesse uma posição social reconhecida. Essa posição social era necessária para que fosse criada, nos textos literários, uma estrutura lírica equivalente à relação de vassalagem. Por esse motivo, os termos que definiam as relações feudais foram transpostos para as cantigas: a mulher era a senhora, o homem era seu servidor; prezava-se a generosidade, a lealdade e, acima de tudo, a cortesia. A avareza e a vilania eram comportamentos desprezados.

O trovador não devia revelar, em sua cantiga, o nome da dama a quem dirigia os elogios, mas precisava apresentá-la de modo a permitir que os membros da corte a identificassem. Uma série de expressões era utilizada para nomear uma dama (senhor, mia senhor, senhor fremosa etc).

O amor era visto como uma forma de sublimação dos desejos que transformava o trovador em homem cortês. A dama era vista sob uma perspectiva idealizada, de perfeição absoluta.



(Fonte: ABAURRE, Maria Luiza e PONTARA, Marcela. Literatura Brasileira.Tempos, Leitores e Leituras. Ensino Médio. São Paulo: Editora Moderna, 2005 )



sexta-feira, 14 de março de 2014

sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

Para assistir


Olá, pessoal!

Que tal três dicas bem legais de filmes para o final de semana?



O nome da rosa, de Jean-Jaques Arnaud, Alemanha, 1986. Baseado no romance homônimo de Umberto Eco, o filme trata das misteriosas mortes ocorridas em um mosteiro medieval. Para quem gosta de suspense, esse é o filme! É muito interessante também porque o filme ilustra o contexto de produção e circulação de cultura na Idade Média, pois retrata o universo dos monges copistas. Assista aqui.


Excalibur, de John Boorman, EUA, 1981. Aqui vocês vão encontrar as fantásticas narrativas das aventuras do Rei Arthur e dos cavaleiros da Távola Redonda. Neste filme, vocês vão acompanhar a sagração de Arthur, a formação de Camelot, a busca pelo Graal, a disputa pelo poder entre Morgana e Merlin, enfim, conhecerão todo universo das novelas de cavalaria.



As brumas de Avalon, de Uli Edel, EUA, 2001. Adaptação do best-seller homônimo de Marion Zimmer Bradley, o filme retrata o nascimento de Arthur, rei que comandaria a Bretanha e salvaria Avalon, ilha mística comandada por Viviane, uma sacerdotisa pagã. Vemos nesse filme a lenda do Rei Arthur ser contada sob uma nova visão. É muito interessante! Assista aqui.


Então, o que me dizem?

quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

Carmina Burana

Olá, queridos!

Na aula de amanhã falaremos de Idade Média e do nascimento da Literatura Portuguesa.

Para entrar no clima, que tal escutarmos a composição "O Fortuna" de Carmina Burana?


Carmina Burana; latim para ‘Canções de Beuern’ (abreviação de Benediktbeuern) é o nome dado a poemas e textos dramáticos manuscritos de 254. As peças são em sua maioria picantes, irreverentes e satíricas e foram escritas principlamente em latim medieval (...). Vinte e quatro poemas de Carmina Burana foram musicalizados por Carl Orff em 1936.”
                                                                              (Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Carmina_Burana)




Capa do CD Carmina Burana

“O Fortuna”
(Carl Off)

O fortuna
Velut luna
Statu variabilis,
Semper crescis
Aut decrescis;
Vita detestabilis
Nunc obdurate
Et tunc curat
Ludo mentis aciem,
Egestatem,

Potestatem
Dissolvit ut glaciem.

Sors immanis
Et inanis,

Rota tu volubilis,
Status malus,
Vana salus
Semper dissolubilis,
Obumbrata
Et velata
Michi quoque niteris;
Nunc per ludum

Dorsum nudum
Fero tui sceleris.

Sors salutis
Et virtutis
Michi nunc contraria,
Est affectus
Et defectus
Semper in angaria.
Hac in hora
Sine mora
Corde pulsum tangite;
Quod per sortem

Sternit fortem,
Mecum omnes plangite!
Roda da fortuna representada no códice de Carmina Burana

Códice (ou codex, palavra em latim que significa "livro", "bloco de madeira") era um manuscrito gravado, em geral, em madeira. 

(Tradução)

Ó fortuna
És como a Lua
Mutável,
Sempre aumentas
Ou diminuis;
A detestável vida
Ora oprime
E ora cura
Para brincar com a mente;
Miséria,
Poder,
Ela os funde como gelo.

Sorte imensa
E vazia,
Tu, roda volúvel
És má,
Vã é a felicidade
Sempre dissolúvel,
Nebulosa
E velada
Também a mim contagias;
Agora por brincadeira
O dorso nu
Entrego à tua perversidade.

A sorte na saúde
E virtude
Agora me é contrária.
E tira
Mantendo sempre escravizado
Nesta hora
Sem demora
Tange a corda vibrante;
Porque a sorte
Abate o forte,
Chorai todos comigo!

(Fonte: http://letras.mus.br/orff-carl/74710/traducao.html)

Então, o que me dizem?




quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

Sobre variação linguística e outros temas

                                    Queridos,

para complementar nossa aula sobre variação linguística, sugiro que vocês assistam ao filme "Língua - vidas em português" (2004), direção de Vitcor Lopes. 



Trata-se de um documentário de 105 minutos coproduzido por Brasil e Portugal e filmado em seis países (Brasil, Moçambique, Índia, Portugal, França e Japão).



Para aqueles mais dispostos, que tal a continuação da leitura (iniciada em sala de aula) do interessantíssimo  A língua de Eulália: novela sociolinguística, de Marcos Bagno (2008)?



 





sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

Boas-vindas!!!


                                                       "A dança", Henri Matisse (1933)

Sejam bem-vindos, alunos das turmas 1005 e 1006!

Este é um espaço feito para vocês!

Espero que possamos juntos, em comunhão, aprender, compartilhar descobertas e (por que não?) dançar com as palavras!

Beijos,

Luciana

sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

"Canto de Ossanha"


Canto de Ossanha
(Vinicius de Moraes e Baden Powell)

O homem que diz "dou"
 não dá
Porque quem dá mesmo 
não diz
O homem que diz "vou" 
não vai
Porque quando foi 
já não quis
O homem que diz "sou"
 não é
Porque quem é mesmo é “não sou”

O homem que diz "estou" 
não está

Porque ninguém está
 quando quer
Coitado do homem que cai

No canto de Ossanha, 
traidor
Coitado do homem que vai

Atrás de mandinga de amor


Vai, Vai, Vai, Vai, 
não vou
Vai, Vai, Vai, Vai,
 não vou
Vai, Vai, Vai, Vai,
 não vou
Vai, Vai, Vai, Vai, não vou
Que eu não sou ninguém de ir

Em conversa de esquecer

A tristeza de um amor
 que passou
Não, eu só vou se for pra ver

Uma estrela aparecer

Na manhã de um novo amor


Amigo sinhô

Saravá

Xangô me mandou lhe dizer

Se é canto de Ossanha, não vá
Que muito vai se arrepender

Pergunte pro seu Orixá

Amor só é bom se doer


Vai, Vai, Vai, Vai,
 amar
Vai, Vai, Vai, Vai,
 sofrer
Vai, Vai, Vai, Vai,
 chorar
Vai, Vai, Vai, Vai, dizer
Em conversa de esquecer

A tristeza de um amor
 que passou
Não, eu só vou se for pra ver

Uma estrela aparecer

Na manhã de um novo amor


Escute aqui a versão original.