sábado, 29 de maio de 2010

Descrição

Queridos,
vocês já concluíram as etapas 1 e 2 da proposta de trabalho.
Agora, vocês entrarão na última etapa e, para orientá-los, coloco a seguir algumas observações acerca da descrição. Para tanto, utilizo-me de alguns conceitos do excelente Comunicação em prosa moderna, de Othon M. Garcia.
Vamos lá!
Descrição: apresentação verbal de um objeto, ser, coisa, paisagem ou sentimento, por meio de seus aspectos mais característicos, de seus traços predominantes. Estes, devem estar dispostos de tal forma que do conjunto deles resulte uma impressão singularizante da coisa descrita.
Coisa descrita = quadro (é a matéria da descrição)
Importante:
  • É preciso captar a alma das coisas, ressaltando os aspectos que mais nos impressionam.
  • É preciso mostrar as relações entre as suas partes.
  • É preciso selecionar os detalhes, saber reagrupá-los, analisá-los, para conseguir uma imagem e não apenas uma cópia do objeto.
Descrever = observar + interpretar + usar recursos expressivos
Na descrição utilizamos todos os sentidos, pois percebemos e observamos com todos eles (sons, ruídos, cheiros, etc.)
Pontos de vista:
1) Físico: ordem dos detalhes. Cada parágrafo um quadro (sem acumulação). Os detalhes devem ser oferecidos pouco a pouco. As partes devem se interligar. Ex: Casa (não vou começar a descrevê-la pela cozinha, para depois voltar para a fachada da mesma).
2) Mental:
a) Descrição Subjetiva: impressionista (estado de espírito do observador que vê o que quer)
b) Descrição Objetiva: realista (caracteriza a descrição técnica científica)
Então, o que me dizem?

Fotos com as turmas

Queridos alunos,
vejam como as fotos ficaram ótimas!

Turma A e eu
Turma B e eu
Turma C e eu
Turma D e eu

Turma E e eu
Então, o que me dizem?

Flash!

Manoel, Bruna, Alinne, Valmir, Laysa, Laura, Eu, Willian, João, Hugo e Well.

domingo, 23 de maio de 2010

Orientação para a execução da pesquisa iconográfica

Queridos, este post é uma orientação para a pesquisa sobre as imagens da escravidão. Além de apresentar algumas imagens interessantes que não tivemos tempo de analisar em sala de aula, sugiro alguns links para vocês iniciarem a pesquisa também pela internet. No blog, vocês encontrarão um post com algumas imagens já vistas em sala: (http://parameusalunos.blogspot.com/2009/05/imagens-da-escravidao.html)
A seguir colocarei nomes de alguns fotógrafos importantes do período e um link para vocês conhecerem suas biografias, algumas obras e, o mais importante, as indicações de onde estão os acervos desses artistas.
José Cristiano Júnior (1832-1902)
Victor Frond (1821-1881)
George Leuzinger (1813-1892)
Augusto Sthal
Cristiano Júnior
Cristiano Júnior
Fotógrafo desconhecido
Alberto Henschel 1870

J. H. Papf 1889
Alberto Henschel 1874
Alberto Henschel 1870

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Fragmento da peça Macário de Álvares de Azevedo

Primeiro episódio – Numa estalagem de estrada
"(...)
MACÁRIO (fecha a janela) - Malditos! (Atira com uma cadeira no chão).
O DESCONHECIDO - Que tendes, companheiro?
MACÁRIO - Não vedes? O burro fugiu...
O DESCONHECIDO - Não será quebrando cadeiras que o chamareis...
MACÁRIO - Porém a raiva...
O DESCONHECIDO - Bebei mais um copo de Madeira. (Bebem). Levais de certo alguma preciosidade na mala? (Sorri-se).
MACÁRIO - Sim...
O DESCONHECIDO - Dinheiro?
MACÁRIO - Não, mas...
O DESCONHECIDO - A coleção completa de vossas cartas de namoro, algum poema em borrão, alguma carta de recomendação?
MACÁRIO - Nem isso, nem aquilo... Levo...
O DESCONHECIDO - A mala não pareceu-me muito cheia. Senti alguma coisa sacolejar dentro. Alguma garrafa de vinho?
MACÁRIO - Não! não! mil vezes não! Não concebeis, uma perda imensa, irreparável... era o meu cachimbo...
O DESCONHECIDO - Fumais?
MACÁRIO - Perguntai de que serve o tinteiro sem tinta, a viola sem cordas, o copo sem vinho, a noite sem mulher... não me pergunteis se fumo!
O DESCONHECIDO (Dá-lhe um cachimbo.) - Eis aí um cachimbo primoroso. É de pura escuma do mar. O tubo é de pau de cereja. O bocal é de âmbar.
MACÁRIO - Bofé! Uma Sultana o fumaria! E fumo?
O DESCONHECIDO - É uma invenção nova. Dispensa-o. Acendei-o na vela. (Macário acende).
MACÁRIO - E vós?
O DESCONHECIDO - Não vos importeis comigo. (Tira outro cachimbo e fuma)
MACÁRIO - Sois um perfeito companheiro de viagem. Vosso nome?
O DESCONHECIDO - Perguntei-vos o vosso?
MACÁRIO - O caso é que é preciso que eu pergunte primeiro. Pois eu sou um estudante. Vadio ou estudioso, talentoso ou estúpido, pouco importa. Duas palavras só: amo o fumo e odeio o Direito Romano. Amo as mulheres e odeio o romantismo.
O DESCONHECIDO - Tocai! Sois um digno rapaz. (Apertam a mão).
MACÁRIO - Gosto mais de uma garrafa de vinho que de um poema, mais de um beijo que do soneto mais harmonioso. Quanto ao canto dos passarinhos, ao luar sonolento, às noites límpidas, acho isso sumamente insípido. Os passarinhos sabem só uma cantiga. O luar é sempre o mesmo. Esse mundo é monótono a fazer morrer de sono.
O DESCONHECIDO - E a poesia?
MACÁRIO - Enquanto era a moeda de ouro que corria só pela mão do rico, ia muito bem. Hoje trocou-se em moeda de cobre; não há mendigo, nem caixeiro de taverna que não tenha esse vintém azinhavrado. Entendeis-me?
O DESCONHECIDO - Entendo. A poesia, de popular tornou-se vulgar e comum. Antigamente faziam-na para o povo; hoje o povo fá-la para ninguém.
MACÁRIO (bebe) - Eu vos dizia pois... Onde tínhamos ficado?
O DESCONHECIDO - Não sei. Parece-me que falávamos sobre o Papa.
MACÁRIO - Não sei: creio que o vosso vinho subiu-me à cabeça. Puah! vosso cachimbo tem sarro que tresanda!
O DESCONHECIDO - Sois triste, moço... Palavra que eu desejaria ver essa poesia vossa.
MACÁRIO - Por quê?
O DESCONHECIDO - Porque havia ser alegre como Arlequim assistindo a seu enterro...
MACÁRIO - Poesias a quê?
O DESCONHECIDO - À luz, ao céu, ao mar...
MACÁRIO - Primeiramente - o mar é uma coisa soberanamente insípida...O enjôo é tudo quanto há mais prosaico. Sou daqueles de quem fala o corsário de Byron "whose soul would sicken o'er the heaving wave".
O DESCONHECIDO - E enjoais a bordo?
MACÁRIO - É a única semelhança que tenho com D. Juan.
O DESCONHECIDO - Modéstia!
MACÁRIO - Pergunta à taverneira se apertei-lhe o cotovelo, pisquei-lhe o olho, ou pus-lhe a mão nas tetas...
O DESCONHECIDO - Um dragão!
MACÁRIO - Uma mulher! Todas elas são assim. As que não são assim por fora o são por dentro. Algumas em falta de cabelos na cabeça os têm no coração. As mulheres são como as espadas, às vezes a bainha é de ouro e de esmalte, e a folha é ferrugenta.
O DESCONHECIDO - Falas como um descrido, como um saciado! E contudo ainda tens os beiços de criança! Quantos seios de mulher beijaste além do seio de tua ama de leite? Quantos lábios além dos de tua irmã?
MACÁRIO - A vagabunda que dorme nas ruas, a mulher que se vende corpo e alma, porque sua alma é tão desbotada como seu corpo, te digam minhas noites. Talvez muita virgem tenha suspirado por mim! Talvez agora mesmo alguma donzela se ajoelhe na cama e reze por mim!
O DESCONHECIDO - Na verdade és belo. Que idade tens?
MACÁRIO - Vinte anos. Mas meu peito tem batido nesses vinte anos tantas vezes como o de um outro homem em quarenta.
O DESCONHECIDO - E amaste muito?
MACÁRIO - Sim e não. Sempre e nunca.
O DESCONHECIDO - Fala claro.
MACÁRIO - Mais claro que o dia. Se chamas o amor a troca de duas temperaturas, o aperto de dois sexos, a convulsão de dois peitos que arquejam, o beijo de duas bocas que tremem, de duas vidas que se fundem ...tenho amado muito e sempre!... Se chamas o amor o sentimento casto e poro que faz cismar o pensativo, que faz chorar o amante na relva onde passou a beleza, que adivinha o perfume dela na brisa, que pergunta às aves, à manhã, à noite, às harmonias da música, que melodia é mais doce que sua voz; e ao seu coração, que formosura mais divina que a dela...eu nunca amei. Ainda não achei uma mulher assim. Entre um charuto e uma chávena de café lembro-me às vezes de alguma forma divina, morena, branca, loura, de cabelos castanhos ou negros. Tenho-as visto que fazem empalidecer-e meu peito parece sufocar meus lábios se gelam, minha mão se esfria...Parece-me então que, se aquela mulher que me faz estremecer assim, soltasse sua roupa de veludo e me deixasse por os lábios sobre seu seio um momento, eu morreria num desmaio de prazer! Mas depois desta vem outra, mais outra e o amor se desfaz numa saudade que se desfaz no esquecimento. Como eu te disse, nunca amei.
O DESCONHECIDO - Ter vinte anos e nunca ter amado! E para quando esperas o amor?
MACÁRIO - Não sei. Talvez eu ame quando estiver impotente!
O DESCONHECIDO - E o que exigirias para a mulher de teus amores?
MACÁRIO - Pouca coisa. Beleza, virgindade, inocência, amor.
O DESCONHECIDO (irônico) - Mais nada?
MACÁRIO - Notai que por beleza indico um corpo bem feito, arredondado, cetinoso, uma pele macia e rosada, um cabelo de seda frouxa e uns pés mimosos...
O DESCONHECIDO - Quanto à virgindade?
MACÁRIO - Eu a quereria virgem na alma como no corpo. Quereria que ela nunca tivesse sentido a menor emoção por ninguém. Nem por um primo, nem por um irmão... Que Deus a tivesse criado adormecida na alma até ver-me, como aquelas princesas encantadas dos contos que uma fada adormecera por cem anos. Quereria que um anjo a cobrisse sempre com seu véu, e a banhasse todas as noites do seu óleo divino para guardá-la santa... Quereria que ela viesse criança transformar-se em mulher nos meus beijos.
O DESCONHECIDO - Muito bem, mancebo! E esperas essa mulher?
MACÁRIO - Quem sabe!
O DESCONHECIDO - E é no lodo da prostituição que hás de encontrá-la?
MACÁRIO - Talvez! É no lodo do oceano que se encontram as pérolas
O DESCONHECIDO - Em mau lugar procuras a virgindade! É mais fácil achar uma pérola na casa de um joalheiro que no meio das areias do fundo do mar.
MACÁRIO - Quem sabe!...
O DESCONHECIDO - Duvidas pois?
MACÁRIO - Duvido sempre. Descreio às vezes. Parece-me que este mundo é um logro. O amor, a glória, a virgindade, tudo é uma ilusão.
O DESCONHECIDO - Tens razão: a virgindade é uma ilusão! Qual é mais virgem, aquela que é deflorada dormindo, ou a freira que ardente de lágrimas e desejos se revolve no seu catre, rompendo com as mãos sua roupa de morte, lendo algum romance impuro?
MACÁRIO - Tens razão: a virgindade da alma pode existir numa prostituta, e não existir numa virgem de corpo.-Há flores sem perfume, e perfume sem flores. Mas eu não sou como os outros. Acho que uma taça vazia pouco vale, mas não beberia o melhor vinho numa xícara de barro.
O DESCONHECIDO - E contudo bebes o amor nos lábios de argila da mulher corrupta!
MACÁRIO - O amor? Que te disse que era o amor? É uma fome impura que se sacia. O corpo faminto é como o conde Ugolino na sua torre, morderia até num cadáver.
O DESCONHECIDO - Tua comparação é exata. A meretriz é um cadáver.
MACÁRIO - Vale-nos ao menos que sobre seu peito não se morre de frio!
O DESCONHECIDO - Admira-me uma coisa. Tens vinte anos: deverias ser puro como um anjo e és devasso como um cônego!
MACÁRIO - Não é que eu não voltasse meus sonhos para o céu. A cisterna também abre seus lábios para Deus, e pede-lhe uma água pura – e o mais das vezes só tem lodo. Palavra de honra, que às vezes quero fazer-me frade.
O DESCONHECIDO - Frade! Para quê?
MACÁRIO - É uma loucura. Enche esse copo. (Bebe) Pela Virgem Maria! Tenho sono. Vou dormir.
O DESCONHECIDO - E eu também Boa noite.
MACÁRIO - Ainda uma vez, antes de dormir, o teu nome?
O DESCONHECIDO - Insistes nisso?
MACÁRIO - De todo o meu coração. Sou filho de mulher.
O DESCONHECIDO - Aperta minha mão. Quero ver se tremes nesse aperto ouvindo meu nome.
MACÁRIO - Juro-te que não, ainda que fosses.
O DESCONHECIDO - Aperta minha mão. Até sempre: na vida e na morte!
MACÁRIO - Até sempre, na vida e na morte!
O DESCONHECIDO - E o teu nome?
MACÁRIO - Macário. Se não fosse enjeitado, dir-te-ia o nome de meu pai e o de minha mãe. Era de certo alguma libertina. Meu pai, pelo que penso, era padre ou fidalgo.
O DESCONHECIDO - Eu sou o diabo. Boa noite, Macário.
(...)"
(Azevedo, Álvares de. Macário, 2004, pp. 87-94)

Um pouco de Leminski

Meu professor de análise sintática era o tipo do sujeito inexistente.
Um pleonasmo, o principal predicado da sua vida, regular como um paradigma da primeira conjugação.
Entre uma oração subordinada e um adjunto adverbial, ele não tinha dúvidas: sempre achava um jeito assindético de nos torturar com um aposto.
Casou com uma regência.
Foi infeliz.
Era possessivo como um pronome.
E ela era bitransitiva.
Tentou ir para os EUA.
Não deu.
Acharam um artigo indefinido em sua bagagem.
A interjeição do bigode declinava partículas expletivas, conectivos e agentes da passiva, o tempo todo.
Um dia, matei-o com um objeto direto na cabeça.
(Paulo Leminski)
Então, o que me dizem?

sexta-feira, 14 de maio de 2010

Minhas paisagens

"Cariocas não gostam de dias nublados"...
...nem de andaimes!

Vida de estudante durante o Romantismo

"A criação das faculdades de Direito, em São Paulo e em Pernambuco, e dos cursos médicos, no Rio de Janeiro e na Bahia, desencadeou um fenômeno inédito na vida do Império: o deslocamento de um grande número de jovens, de todas as partes dos país, para esses centros de estudos.
(...)
Alegres, espirituosos, irreverentes, os estudantes encontravam na convivência com colegas da mesma idade, e com idênticos ideais, o estímulo à literatura que dificilmente teriam se permanecessem em suas províncias. As salas das academias e as repúblicas tornaram-se centro intensos de vida literária, produzindo altos dividendos para a literatura. Desde a implantação das faculdades de direito, os estudantes constituíam o principal público consumidor de livros do país e um grande produtor de volumes e mais volumes de poesia, contos etc., ajudando a criar a indústria nacional de livros.
Tinham um apetite voraz por leituras, capazes de ingerir romances populares de gosto duvidoso, mas também saborear a literatura mais requintada da época, assimilá-la e abrasileirá-la. Leitores apaixonados, revelaram-se escritores excelentes, renovando a literatura brasileira, dando-lhe uma palpitação de vida desconhecida até então e tentando fazer dela um elemento indispensável à vida cotidiana, com um amor e uma intensidade que nunca mais se repetiria em nossa trajetória espiritual.
Esses novos habitantes começaram a alterar radicalmente o perfil da cidade. Tornaram-se os queridinho das iaiás. Baile ou reunião sem eles perdia toda a graça. Como as moças, também o comércio, dominado por portugueses e franceses, mestres na arte de caprichar no quilo de 800 gramas e no metro de 90 centímetros, passou a se interessar pelos estudantes. A atraí-los com mercadorias vindas da Corte ou da Europa, que antes não encontravam fregueses. Muito comum o anúncio de jornal dirigido aos ‘senhores estudantes’.
(...)
Toda a obra de Álvares de Azevedo e de Castro Alves foi escrita durante a vida acadêmica, interrompida pela morte prematura. A parte mais importante de Fagundes Varela surgiu em sua fase de estudante.
(...)
Estudiosos ou gazeteiros, os estudantes levavam uma vida bastante metódica. Acordavam, no mais tardar, às sete horas, com o repique do sino da Academia, almoçavam, jantavam, ceavam a horas regulares, tinham sua rotina diária de estudo. Cada república contava com seus serviçais domésticos, lavadeira, engomadeira e cozinheira – esta batizada pelo humor acadêmicos de Nhá Tudinha. Quase todos os rapazes faziam-se acompanhar de escravos, que lhes serviam de pajens. Ao se formarem, costumavam assinar a carta de alforria, retribuindo assim a dedicação recebida durante o curso. Às vezes, era diferente. Em cara à sua mãe, Álvares de Azevedo queixava-se de que o escravo Inácio ‘de pouco préstimo me tem servido’.
(...)
Em geral, era apenas nos quartos que se evidenciava que não se tratava de uma casa comum. Ali, nunca faltava a mesa de estudo, com a clássica lâmpada a óleo, e a cama, onde os rapazes descansavam e sonhavam de olhos abertos, liam e fumavam. Na mesinha de cabeceira, empilhavam-se os livros favoritos. A um canto, o espelho, no qual os estudantes verificavam se estavam na moda. Os modelos eram os grandes poetas franceses, cujas figuras vinham estampadas em revistas parisienses. Tinham especial vaidade com os cabelos, longos, ondulados, brilhosos de gordura, com as extremidades voltadas para fora ou para dentro, formando a curva sobre o colo, à maneira de Gauthier e Musset.
(...)
A literatura estava presente em cada minuto da vida dos rapazes, nas aulas, nos momentos de evasão, nos divertimentos. Boa parte dos divertimentos decorria em casa, em saraus informais, cujo espírito variava bastante, caso fossem realizados numa casa de família ou numa república.
(...)
O espírito mudava inteiramente quando as reuniões eram realizadas nas repúblicas, longe das moças e das famílias, em ambiente de plena descontração e liberdade. As conversas varavam a noite até o raiar do dia, contando anedotas picantes e aventuras da vida acadêmica, recitando poemas livres ou bestialógicos, entoando cantigas consagradas pelos estudantes, em meio à fumaça sufocante dos cigarros e charutos e da bebedeira de vinho e conhaque. Os mais ousados introduziam prostitutas. Eram as noites de ‘cinismo’, palavra que no vocabulário acadêmico era sinônimo de spleen. Havia até o verbo cinicar.”
(Machado, Ubiratan. Vida literária no Brasil durante o Romantismo, 2001, pp. 159-164)
Então, o que me dizem?

sexta-feira, 7 de maio de 2010

Mais um plantão ótimo!

Queridos,
o plantão do final de semana passado foi muito, muito legal!
Fizemos um campeonato de videogame e nos divertimos muito!
Eis os melhores momentos:
A escolha do jogo: chance para todos os competidores aprenderem na marra os comandos...
O auxílio luxuoso de Caio e suas tabelas mágicas!
Laura pronta para o "massacre"...
O jogo prosseguia e ficava cada vez mais animado: "Pisa!" "Bate!" "Imobiliza!"
Cássia e Léo numa luta super disputada!
Reparem na técnica "ninja" da Cássia! O Léo não teve nenhuma chance...

Igor e Lucas: duelo de titãs...
Adooooro!!!
Os grandes vencedores da tarde: Igor, Rayssa e Laura!
Então, o que me dizem?